No início do século XIX houve uma intensa imigração nos Estados Unidos. A maioria desses imigrantes vinha da Alemanha, Irlanda e Inglaterra, fugindo da difícil situação econômica que prejudicava a Europa. Muitos artesões estavam desempregados com a industrialização, e a concentração fundiária resultou na expulsão de camponeses das terras.
Isso causou um rápido crescimento demográfico dos EUA e o desejo ambicioso de conquistar as terras do Oeste.
Em 1829, a construção de ferrovias abateu os preços do transporte. Com o tempo as linhas férreas foram sendo ampliadas cada vez mais, tanto que em 1890 já havia uma linha fazendo ligação entre a Costa do Atlântico ao Pacífico.
No ano de 1848 foi descoberta uma mina de ouro na Califórnia, causando um deslocamento populacional em busca da “riqueza fácil”.
O Estados Unidos estava decido na sua expansão para o Oeste, se e justificou através da doutrina “Destino Manifesto” que apresentava os norte-americanos como destinados divinamente a conquistar o território cobiçado por eles.
Destino Manifesto
O Destino Manifesto é o pensamento que expressa a crença de que o povo dos Estados Unidos é eleito por Deus para comandar o mundo, e por isso o expansionismo americano é apenas o cumprimento da vontade Divina.
American Progress, John Gast 1872
Surge a Doutrina Monroe em 1820, que pode ser resumida pela seguinte frase: “a América para os norte-americanos”. Trouxe para a expansão dos EUA um novo significado, logo de início atuava na defesa das nações latino-americanas que tinham conquistado a independência recentemente. Mas em decorrência dos interesses dos Estados Unidos em relação aos territórios do Oeste, a doutrina foi se estendendo em direção a esses territórios.
As Treze Colônias
As colônias foram fundadas entre 1607 (Virgínia) e 1733 (Georgia). Documentos contemporâneos geralmente listam as 13 Colônias Norte-Americana do Reino da Grã-Bretanha em ordem geográfica, do Norte ao Sul:
As Colônias do Norte ou Nova Inglaterra Província de New Hampishire mais tarde o estado de New Hampshire Província da Baía de Massachusetts mais tarde os estados de Massachusetts e Maine Colônia de Rhode Island mais tarde o estado de Rhode Island Colônia de Connecticut mais tarde o estado de Connecticut
As Colônias Centrais Província de Nova Iorque mais tarde os estados de Nova Iorque e Vermont Província de Nova Jérsei mais tarde o estado de Nova Jérsei Província de Pensilvânia mais tarde o estado de Pensilvânia Colônia de Delaware mais tarde o estado de Delaware
As Colônias do Sul Província de Maryland mais tarde o estado de Maryland Colônia de Domínio da Virgínia mais tarde os estados de Virgínia, Kentucky e Virgínia do Oeste Província da Carolina do Norte mais tarde os estados de Carolina do Norte e Tennessee Província da Carolina do Sul mais tarde o estado de Carolina do Sul Província da Geórgia mais tarde o estado de Geórgia
A EXPANSÃO
O expansionismo pode ser dividido em três frentes: negociação, Guerra do México e anexação de terras indígenas.
A ação diplomática dos Estados Unidos foi marcada por um grande êxito já no início do século XIX, quando Napoleão Bonaparte em 1803 debilitado pelas guerras na Europa, vendeu a Lousiana (um imenso território onde foram formados 13 novos Estados) por 15 milhões de dólares. Em seguida (1819), a Espanha vendia a Flórida por apenas 5 milhões de dólares. Destaca-se ainda a incorporação do Oregon, cedido pela Inglaterra em 1846 e do Alasca, comprado da Rússia por 7 milhões de dólares em 1867, dois anos após o término da Guerra de Secessão.
Em 1821 os norte-americanos passaram a colonizar parte do México com aval do próprio governo mexicano, que em troca, exigiu adoção do catolicismo nas áreas ocupadas. As dificuldades para consolidação de um Estado Nacional no México, marcadas por constantes conflitos internos e ditaduras, acabaram criando condições mais favoráveis ainda para a expansão dos Estados Unidos. Foi nessa conjuntura, que em 1845, colonos norte-americanos proclamaram a independência do Texas em relação ao México, incorporando-o aos Estados Unidos. Iniciava-se a Guerra do México (1845-48), na qual a ex-colônia espanhola perdia definitivamente para os Estados Unidos as regiões do Texas, além das do Novo México, Califórnia, Utah, Arizona, Nevada e parte do Colorado. Em apenas três anos cerca de metade do México incorporava-se aos Estados Unidos.
Na expansão para o Oeste, os Estados Unidos foi matando o povo nativo da região, os índios, com a desculpa de que eles eram animais selvagens.
Início: 5 de maio de 1789. Fim: 9 de novembro de 1799. Causas: Sociais, econômicas e políticas. Objetivo: Derrubar o Antigo Regime e instaurar um Estado democrático. Lema:"Liberdade, Igualdade, Fraternidade".
Por que aconteceu a Revolução?
Essa imagem é o resumo do porque da Revolução.
A França pré-revolucionária
A França vivia no Regime Antigo, o Regime Absolutistas. Economicamente predominavam as práticas mercantilistas que sofriam com as constantes intervenções do Estado e na área social predominavam as relações de servidão uma vez que a maioria da população francesa era camponesa. Cerca de 250 milhões de pessoas que viviam no campo em situação de miséria, pagando altos impostos para uma elite aristocrática usufruir de luxo e riqueza.
Nas áreas urbanas não era muita coisa diferente. A população urbana, composta em sua maioria por assalariados de baixa renda, desempregados (excluídos) e pequenos burgueses (profissionais liberais), também arcava com pesadíssimos impostos e com um custo de vida cada vez mais elevado.
Já as elites, compostas por um alto clero, uma alta nobreza e, claro, a Família Real. A realeza vivia em palácios luxuosos, não pagava impostos, faziam constantemente banquetes e viviam às custas do dinheiro público.
O rei Luís XVI.
A rainha Maria Antonieta.
PS: Naquela época, as testas grandes eram considerados belos. Algumas mulheres até chegavam a raspar o cabelo para serem admiradas.
A Revolução
Desde a sua posse, em 1774, Luís XVI enfrentou problemas com a insuficiência da arrecadação de impostos. Luís XVI teve três ministros que tantaram resolver a situação, mas não teve solução.
O rei convoca, então, a Assembléia dos Notávies, em 1787. Em 1788 a receita da França era de 503 milhões de libras, porém as despesas da Corte, a administração, a justiça. o exército e a diplomacia chegavam a 629 milhões de libras.
1ª. fase - A Assembléia Nacional Constituinte
Em maio de 1789, Luís XVI convoca os Estados Gerais.
Convocação dos Estados Gerais.
A divisão desigual francesa.
Essa velha assembléia feudal, que englobava as três ordens sociais, não se reunia desde 1614. O Terceiro Estado exigiu que a sua representação numérica fosse duplicada e que os votos fossem contados por pessoa. Isso se devia a uma confluência de interesse entre o Primeiro e o Segundo Estados, que sempre resultavam numa votação desfavorável aos burgueses. Como o debate sobre o voto por estado ou por cabeça arrastava-se sem conclusões, o Terceiro Estado retira-se dos Estados Gerais e reúne-se em uma Assembléia Nacional com o objetivo de fiscalizar o rei e regular os impostos. O rei temendo perder o controle da situação, obriga o clero e a nobreza a se juntar ao Terceiro Estado; no dia 9 de julho forma-se a Assembléia Nacional Constituinte. O rei disse aceitar governar sob uma Constituição e comprometeu-se a abolir o privilégio fiscal, porém armava uma contra-revolução com mercenários e estrangeiros.
O medo de uma contra-revolução fez com que o povo assaltasse, no dia 14 de julho, o principal símbolo da monarquia francesa: a fortaleza da Bastilha, depósito de armas e prisão política. No meio rural, castelos eram saqueados e incendiados por camponeses.
Tomada da Bastilha.
Um enorme sentimento de ansiedade espalhou-se por toda a França e ficou conhecido como "Grande Medo", pois nobres e grandes proprietários fugiram, desesperados, do país. Assustados com o Grande Medo, em 4 de agosto de 1789, os deputados da Assembléia Constituinte aprovaram a abolição parcia dos direitos feudais, extinguindo vários privilégios da nobreza. No dia 26 de agosto de 1789, a Assembléia vota a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que, basicamente considerava todos os homens iguais perante as leis, assegurava a liberdade individual e o direito à propriedade privada. Luís XVI, no Palácio de Versalhes, recusa-se a assinar a Declaração. A população parisiense, revoltada, atravessa a pé 14 quilômetros que separam Paris de Versalhes e invade o palácio real, obrigando o rei a seguir com ela para a capital e a assinar a Declaração no dia 6 de outubro.
A Assembléia Nacional e a Constituição de 1791
Em julho de 1790 foi aprovada a Constituição Civil do Clero: todos os bispos e padres assumiriam seus cargos apenas se eleitos pelo povo e jurariam fidelidade ao Estado revolucionário. Essa medida dividiu o clero francês em dois grupos: os juramentados, que aceitaram a Constituição Civil, e os refratários, fiéis à Santa Sé. Unidos aos nobres reacionários, esse grupo incitou o movimento contra-revolucionário dentro e fora do país. Em 1791, a Assembléia conseguiu compeltar sua tarefa de cunho eminente burguês, para o país. BAseada na doutrina do laissez-faire, ela estabeleceu a liberdade de comércio, o voto censitário e o direito à propriedade privada. Assim, o rei foi privado do controle sobre o exército, a Igreja e a administração provincial. A característica principal da estrutura desse novo governo era a separação de poderes em Legislativo, Judiciário e Executivo.
2ª. fase - A Convenção Nacional
Na Convenção são definidos, claramente, os partidos políticos: os jacobinos, os girondinos e o Pântano. O Partido Girondino, representava os interesses liberais da alta e média burguesia republicana. O Partido Jacobino era formado pela pequena e média burguesia e por profissionais liberais influenciados pelas ideias do filósofo iluminista Rousseau. Também tinham o apoio dos sans-culottes. Os sans-culottes eram indivíduos populares – normalmente desempregados e assalariados, a plebe urbana – que eram identificados pelo frígio, ou barrete, vermelho que usavam sobre suas cabeças.
Sans-culottes.
Havia, por último, um partido um partido caracterizado por apoiar ora os girondinos, ora os jacobinos. Por isso, acabou de receber o apelido de Partido do Pântano.
antes da queda da Monarquia Parlamentar, a burguesia chegou a proclamar uma República – a República Girondina em setembro de 1792. A república foi proclamada como um mecanismo de assegurar a burguesia seus interesses, projetos, no poder político do Estado. Como as tensões estavam exaltadas, a alta burguesia francesa decidiu tirar todo o poder político do rei Luis XVI e transferi-lo para si (a burguesia).
Danton, Marat e Robespierre, líderes jacobinos.
Luís XVI e Maria Antonieta são acusados de trair o país colaborando com os invasores. O povo, chamado a defender a revolução, saiu às ruas e massacrou muitos partidários do Antigo Regime. Sob o comando de Danton, Robespierre e Marat, foram distribuídas armas ao povo e foi organizada a Comuna Insurrecional de Paris.
Em 21 de Janeiro de 1793, Luís XVI é guilhotinado na "praça de revolução". Maria Antonieta é decaptada no mesmo ano, só que em Setembro.
A República Girondina caiu e os Jacobinos assumiram a direção política do Estado proclamando uma nova República: a República Jacobina e com ela uma nova Constituição: a Constituição de 1793. Na Constituição Jacobina continham princípios que satisfazia a população porque garantia-lhe direitos e poder de decisão. Vejamos os mais importantes pontos da nova Constituição:
Voto Universal ou Sufrágio Universal - Todos os cidadãos homens maiores de 21 anos de idade, votam.
Lei do Máximo ou Lei do Preço Máximo – estabeleceu um teto máximo para preços e salários.
Venda de bens públicos e dos emigrados para recompor as finanças públicas.
Reforma Agrária – confismo de terras da nobreza emigrada e da Igreja Católica, que foram divididas em lotes menorese vendida a preços baixos para os camponeses pobres que puderam pagar num prazo de até 10 anos.
Extinção da Escravidão Negra nas Colônias Francesas – que acabou por motivar a Revolução Haitiana em 1794 e que durou até 1804 quando no Haiti aboliu-se a escravidão.
Organização dos seguintes comitês: o Comitê de Salvação Pública, formado por nove (mais tarde doze) membros e encarregado do poder executivo, e o Comité de Segurança Pública, encarregado de descobrir os suspeitos de traição.
Criação do Tribunal Revolucionário, que julgava os opositores da Revolução e geralmente os condenavam à Guilhotina.
A temida Guilhotina.
O líder supremo dos jacobinos, Robespierre, decide implantar a Era do Terror. Isso significava que era necessário agir de modo ditatorial para alcançar um governo democrático e assegurar as conquistas instituídas pelas reformas que se realizavam. Para tais fins teve que Robespierre impor o poder do Estado sobre a população e condenar todos os que eram considerados suspeitos de traição à Guilhotina. Foi o período em que a Guilhotina foi mais usada.
Robespierre é pego e guilhotinado.
O Golpe 9 do Termidor
Até mesmo líderes Jacobinos próximos a Robespierre, como Danton por exemplo, foram guilhotinados. O excesso de terror fez com que os Girondinos articulassem um Golpe de Estado – o golpe “9 do Termidor” – e derrubassem com a República Jacobina, guilhotinando inclusive Robespierre. Iniciava-se a terceira fase revolucionária.
3ª. Fase: o Diretório – 1795-1799
O novo governo, denominado Diretório (1795-1799), autoritário e fundamentado numa aliança com o exército (então restabelecido após vitórias realizadas em guerras externas), foi o responsável por elaborar a nova Constituição, que manteria a burguesia livre de duas grandes ameaças: a República Democrática Jacobina e o Antigo Regime. O Poder Executivo foi concedito ao Diretório, e uma comissão formada por cinco diretores eleitos por cinco anos. Apesar disso, em 1796 a burguesia enfrentou a reação dos Jacobinos e radicais igualitaristas. Graco Babeuf liderou a chamada Conspiração dos Iguais, um movimento socialista que propunha a "comunidade dos bens e do trabalho", cuja atenção era voltada a alcançar a igualdade efetiva entre os homens, que segundo Graco, a única maneira de ser alcançada era através da abolição da propriedade privada. A revolta foi esmagada pelo Diretório, que decretou pena de morte a todos os participantes da conspiração, e o enforcamento Babeuf. O novo governo, denominado Diretório (1795-1799), autoritário e fundamentado numa aliança com o exército (então restabelecido após vitórias realizadas em guerras externas), foi o responsável por elaborar a nova Constituição, que manteria a burguesia livre de duas grandes ameaças: a República Democrática Jacobina e o Antigo Regime. O Poder Executivo foi concedito ao Diretório, e uma comissão formada por cinco diretores eleitos por cinco anos. Apesar disso, em 1796 a burguesia enfrentou a reação dos Jacobinos e radicais igualitaristas. Graco Babeuf liderou a chamada Conspiração dos Iguais, um movimento socialista que propunha a "comunidade dos bens e do trabalho", cuja atenção era voltada a alcançar a igualdade efetiva entre os homens, que segundo Graco, a única maneira de ser alcançada era através da abolição da propriedade privada. A revolta foi esmagada pelo Diretório, que decretou pena de morte a todos os participantes da conspiração, e o enforcamento Babeuf.
Napoleão Bonaparte I.
O governo não era respeitado pelas outras camadas sociais. Os burgueses mais lúcidos e influentes perceberam que com o Diretório não teriam condição de resistir aos inimigos externos e internos e manter o poder. Eles acreditavam na necessidade de uma ditadura militar, uma espada salvadora, para manter a ordem, a paz, o poder e os lucros. A figura que sobressai no fim do período é a de Napoleão Bonaparte. Ele era o general francês mais popular e famoso da época. Quando estourou a revolução, era apenas um simples tenente e, como os oficiais oriundos da nobreza abandonaram o exército revolucionário ou dele foram demitidos, fez uma carreira rápida. Aos 24 anos já era general de brigada. Após um breve período de entusiasmo pelos Jacobinos, chegando até mesmo a ser amigo dos familiares de Robespierre, afastou-se deles quando estavam sendo depostos. Com o golpe conhecido por “18 de Brumário”, inicia-se o período napoleônico. Com o golpe Napoleão foi adquirindo poderes políticos até que em 6 de maio de 1804 foi consagrado Imperador com o título de Napoleão Bonaparte I governando até 1814, quando caiu do poder e foi exilado. Durante seu governo Napoleão não só estendeu com as fronteiras francesas por meio de guerras, como realizou diversas reformas políticas e sociais, sempre em nome dos interesses burgueses, instituindo o código civil, reformando o sistema educacional e adotando o estilo artistico neo-clássico como modelo arquitetônico que servia de veículo de propaganda para as dimensões de seu poder político e para a alta burguesia em seu estilo de vida.